Hran é referência em tratamento em vitiligo; entenda a doença

Foto: Alexandre Álvares/Agência Saúde-DF
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SAÚDE

A doença não é contagiosa, sendo caracterizada por manchas brancas que podem aparecer em qualquer tipo de pele

Uma mancha pequena na mão direita foi o que fez o aposentado Moacy Vitorino de Andrade, 62 anos, procurar atendimento médico. A perda da coloração da pele, com manchas brancas de tamanho variável é a principal característica do vitiligo. A doença não é contagiosa e pode aparecer em qualquer tipo de pele. Não tem cura, mas possui tratamento.

O diagnóstico de Moacy ocorreu em 2015, no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), atingindo rosto, mãos, pé e axilas. Desde então, ele faz acompanhamento e tratamento na unidade com fototerapia. “Já rendeu resultados, principalmente na região do rosto. Tenho visto melhoras de 70%. Estou satisfeito com o tratamento”, conta o morador de Valparaíso de Goiás.

O vitiligo é marcado pela diminuição ou ausência das células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele. A doença autoimune faz com que os melanócitos, células que produzem o pigmento melanina, sejam atacados pelo próprio sistema imunológico do paciente. A origem pode ser genética ou desencadeada após traumas emocionais.

Dentre as opções terapêuticas está o uso de medicamentos que induzem a repigmentação das regiões afetadas. Também é possível utilizar tecnologias como o laser, técnicas cirúrgicas ou de transplante de melanócitos.

O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) é referência em dermatologia na rede pública de saúde do Distrito Federal e oferece tratamento com equipamento de fototerapia. A técnica utiliza lâmpadas ultravioletas, não é invasiva e pode ser usada junto com medicamentos.

A técnica de enfermagem, Odília Pereira, 37 anos, moradora de Santa Maria, faz tratamento desde os oitos anos de idade com medicamentos tópicos para controle das manchas nas regiões das mãos, pernas, braços e axilas. Há dois anos, ela iniciou o tratamento de fototerapia no Hran. “A melhora está sendo muito positiva, estou vendo resultados de quase 90%. Tem que ter paciência e tratar aos poucos”, aponta.

A referência técnica distrital (RTD) de dermatologia da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Ana Carolina Igreja, ⁠explica que o tratamento precoce favorece a repigmentação das manchas e pode reduzir a incidência de novas ocorrências. “Existem várias opções de tratamento – cremes, medicamentos orais, laser – que visam estacionar a evolução da doença e repigmentar as áreas afetadas, o que favorece seu controle”, explica.

Foto: Ingrid Soares/Agência Saúde-DF

O paciente deve evitar exposição solar, o uso de roupas apertadas ou que provoquem atrito e pressão sobre a pele, e buscar controlar o estresse. Segundo a especialista, o vitiligo não compromete a saúde física, mas está associado a graves complicações sociais. “As manchas que ficam em áreas muito expostas da pele podem interferir na qualidade de vida e no bem-estar desse paciente, assim como no relacionamento social. É importante também a consciência de combate ao preconceito, ressaltando que não se trata de uma doença contagiosa”.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o vitiligo atinge ao menos 1 milhão de brasileiros. As manchas podem se manifestar em um ou nos dois lados do corpo, como em ambas as mãos, pés e joelhos. Pelos e cabelos também podem perder a coloração.

Em geral, inicialmente as manchas surgem em extremidades, como mãos e pés, e também nariz e boca. A evolução é incerta e períodos de intensificação ou reativação podem ocorrer durante toda a vida do paciente, com surgimento de novas manchas ou aumento das pré-existentes.

O diagnóstico do vitiligo é essencialmente clínico e o acesso ao atendimento na rede pública é feito por meio do encaminhamento pela Unidade Básica de Saúde (UBS) (https://info.saude.df.gov.br/buscasaudedfubs/) para um dos ambulatórios de dermatologia. Diversos hospitais da rede também dispõem de dermatologistas, como o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) (https://www.saude.df.gov.br/hmib), os Hospitais Regionais de Taguatinga (HRT) (https://www.saude.df.gov.br/hospital-de-taguatinga), de Brazlândia (HRBZ) (https://www.saude.df.gov.br/carta-de-servicos-brazlandia), da Ceilândia (HRC) (https://www.saude.df.gov.br/hospital-regional-de-ceilandia), de Samambaia (HRSAM) (https://www.saude.df.gov.br/carta-de-servicos-hrsam), o Hospital da Criança de Brasília (HCB) (https://www.hcb.org.br/), o Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin) (https://www.saude.df.gov.br/centros-de-referencia), o Hospital Universitário de Brasília (HUB) (https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-centro-oeste/hub-unb) e a Policlínica do Guará (https://www.saude.df.gov.br/policlinica-guara).

*Com as informações dea SES/DF